quarta-feira, 5 de junho de 2013

Paixão pela Escrita

Não foram simplesmente esses depoimentos de leitura e escrita lidos e ouvidos aqui que me fizeram voltar à minha iniciação nessa arte tão prazerosa de escrever, mas também acontecimentos recentes em minha vida como professora de Língua Portuguesa.
Deparei-me, nos últimos dias, com uma vontade de incentivar meus alunos a produzirem textos para os concursos de redação que surgem a todo momento e, durante uma explicação, fui transportada para a minha adolescência e as lembranças daquela época vieram de forma intensa. Ficou óbvio o motivo de exigir tanto dos meus...
Janaina, adolescente, 8ª série e 14 anos. Escola grande e a redação escolhida para o concurso foi a minha. Nem acreditava! Dentre tantos textos, o meu representaria a escola no concurso de redação da televisão! Meus olhos brilharam quando a professora disse que meu texto tinha sido o escolhido. Infelizmente, não fiquei entre os finalistas regionais, mas só o fato de ter o texto como destaque em minha escola, já valeu a pena.
Sempre gostei de escrever. Na adolescência eu era a poeta do amor entre as amigas. Escrevia versinhos apaixonados e distribuía para aquelas que desejavam demonstrar “seus” sentimentos aos amados. Cresci e, confesso, abandonei a poesia. Hoje sou uma apaixonada pelas crônicas, que começaram a me perseguir já nos últimos anos do Ensino Médio. O diário me acompanhava em todos os cantos e, sempre que possível, escrevia.
Muitos outros fatos formaram o meu gosto pela escrita, mas tenho vivido um pouco distante dela desde que me mudei para Campinas. Talvez a pós-graduação e a mudança de rotina tenham provocado esse afastamento, mas gostaria de resumir esse meu pequeno prazer em palavras que postei no twitter em 2011: "Minha escrita são meus desejos, meus sonhos materializados em palavras... Minhas palavras agora são todas você".

Deixo para vocês um pouquinho de Carlos Drummond de Andrade, em sua indiscutível Procura da Poesia






"Chega mais perto e contempla as palavras.

Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?"

Um comentário: